Não existe a melhor maneira de terminar um relacionamento. Primeiro por que não dá pra simplesmente dizer: Não te amo mais, acabou! Segundo porque um namoro parte do princípio de que existem laços afetivos entre os envolvidos, portanto dificilmente o término virá desacompanhado do sofrimento para, pelo menos, uma das partes. À não ser que você seja um verdadeiro enganador/aproveitador , quando a relação chega ao fim por motivos que nao sejam traição e mentira, o que se quer é minimizar a dor.
O desgaste, a rotina, as dificuldades encontradas para se estar junto, a falta de vontade ou até força para lutar contra essas barreiras são algumas das razões que decretam o fim de uma relação antes mesmo que ela acabe oficialmente.
Existem namoros em que pra evitar o inevitável, o casal tenta disfarçar e passa uma infinidade de tempo empurrando com a barriga, insatisfeito. Nesses casos quando o relacionamento acaba é como uma explosão, os dois sofrem e acabam jogando de uma vez só todo o descontentamento, que poderia ter sido solucionado no momento em que surgiu, na cara da outra pessoa
Normalmente pra evitar brigas a pessoa guarda tudo que a irrita em um potinho, até que a tampa não consegue conter a pressão de tão cheio que ele está e estoura. Nesse tipo de término quem esta de fora costuma comentar “nossa eu não acredito que eles terminaram, pareciam um casal perfeito, nunca brigavam” e é exatamente nesse nunca brigavam que estavam todos os problemas
Tem outro tipo de termino, em que uma das pessoas esta completamente frustrada com o relacionamento e a segunda parte não se dá conta disso, não há problemas evidentes, o problema é o que q parte frustrada sente, ou melhor, não sente. Desesperada para por um ponto final nessa história a pessoa acaba dizendo “eu não gosto de você tanto quanto você gosta de mim”.
Nesse tipo de situação existem pessoas que se satisfazem com migalhas do outro e dizem que não se importam, o outro sente até pena, mas pra ele não dá mais, ele vai ser sempre considerado um grande filho da puta sem coração. Mais na verdade ele só quer ser legal e não deixar que o outro se envolva mais e consequentemente sofra mais. Vocês conhecem a história, quanto maior a altura, maior a queda. Experiência própria, já fui chamada de a sem coração.
Tem também o namoro que terminou, mais não terminou. Isso significa que mudou apenas o status, mais os dois continuam se tratando como se fossem um casal. Fotos no Orkut, lembranças, cobranças. Pra que terminam então? Não sei, nunca passei por isso.
Em todas essas hipóteses não existem motivos realmente concretos para que as pessoas se odeiem e por isso elas sofrem, mesmo querendo que o sofrimento seja o mínimo possível, e ai não dá só pra dar tchau.
Agora se você namorou uma pessoa que te traiu, mentiu, fez mal, sacaneou, provavelmente vai sofrer e espernear por se sentir um idiota, vai querer matar o(a) ex- e não dá pra prever se ele liga ou não pro que você tá pensando, mais eu acredito que se a pessoa foi capaz de te enganar, e nem tenta se redimir, ela se importa o mínimo possível.
Agora tem os casos dos arrependidos, bêbados, insanos, “eu fui um idiota, não pensei antes de fazer, foi sem querer, não tinha sentimento, foi só uma noite, me perdoa” e ai cabe a cada um escolher o que fazer: perdoar ou não. Por que pode ser mentira também. Mesmo assim, lembre-se: quem não estiver disposto a fazer apostas não merece se apaixonar.
"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas mas não posso explicar a mim mesma." (Alice no País das Maravilhas)
domingo, 28 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
Quando a idade chega...
Depois de ser apelidada de "a menina dos ossos de vidro" resolvi ir no shopping comprar um tênis que não seja um all star, pra ver se eu diminuo a minha cota de três para duas torções anuais.
Aproveitei a desculpa, que não colou com a minha mãe, de que precisamos passar mais tempo em família e arrastei minha avó pro shopping. Calma ai, não foi só uma desculpa, eu não sou uma sem coração exploradora, nós realmente precisamos passar mais tempo juntas, mas a minha mãe prefere fazer isso com uma quarta companhia, a da televisão ¬¬. Mentira, quer dizer, mais ou menos, entre a tv e o shopping ela fica com a primeira opção.
Enfim, fui pro shopping com a vovs atrás do tal tênis, atravessamos o universo nem um pouco criativo das sapatarias em que quase todas elas tem um nome com pés no final (sonho dos pés, desejo dos pés, paraíso dos pés, pontapé, magia dos pés). No trajeto entre todas essas e mais algumas a minha avó espertamente encontrava um lugar para se recostar. Era eu avistar uma sapataria que ela ja estava sentada em um banquinho dentro dela ou em um daqueles "espaços lounges" que estão espalhados pelo Barrashopping.
Depois de olhar muitas vitrines e passar algum tempo procurando o banquinho onde estaria a minha avó, eu encontrei o tênis numa sapataria que não tinha pé no final. Paquetá, não, eu não fui à Paquetá, também não estou fazendo propaganda da loja (a não ser que isso me dê um abatimento no valor do tênis). Comprei lá por que quis, e isso é absoluto, o que vem depois disso é relativo, não tente entender se você não fizer metodologia da comunicação comigo, não comigo , eu não sou a professora, na minha turma.
O que importa é que o reino do pé perdeu a luta contra Paquetá (alguém me responde por que essa loja tem esse nome, Paquetá é um polo de fabricação de sapatos ? Não. Né? Ah, não importa.)
Depois disso fomos almoçar no oriento, lá tem comida normal e comida japonesa, atendia ao meu gosto e ao da minha avó. Acontece que depois de se servir ao invés de pagar a minha avó saiu correndo e eu fiquei parada no caixa sem entender absolutamente NADA. Falei com a atendente do caixa:
-Moça eu prometo que não vou dar calote , mais eu acho que a minbha avó teve algum probleminha, já volto pra pagar!
Quando encontrei a minha avó ela estava sentada ao lado de uma moça que estava tentando dizer a ela que a mesa estava ocupada, as vezes velho é foda. Morrendo de vergonha eu pedi desculpas a moça, convenci minha vó a levantar e lembrei que ainda não tinha pago. foi quando eu me dei conta de que eu não precisava da minha avó pra pagar por que o cartão estava na minha bolsa. Naquele momento eu pude imaginar claramente a minha avó dizendo:
-Depois velho que é foda!
Paguei a conta, encontrei uma mesa desocupada, sentamos, comemos. Ela comida normal e eu japonesa, comida japonesa.
-Vamos embora, estou cansada
-Cansada de que vó
-De andar
-Mais você ficou sentada em todas as sapatarias
-Vamos pra casa, agora eu quero tomar banho e dormis
-Caraca vó, quando a idade chega..
-Você vai saber quando ficar velha.
Aproveitei a desculpa, que não colou com a minha mãe, de que precisamos passar mais tempo em família e arrastei minha avó pro shopping. Calma ai, não foi só uma desculpa, eu não sou uma sem coração exploradora, nós realmente precisamos passar mais tempo juntas, mas a minha mãe prefere fazer isso com uma quarta companhia, a da televisão ¬¬. Mentira, quer dizer, mais ou menos, entre a tv e o shopping ela fica com a primeira opção.
Enfim, fui pro shopping com a vovs atrás do tal tênis, atravessamos o universo nem um pouco criativo das sapatarias em que quase todas elas tem um nome com pés no final (sonho dos pés, desejo dos pés, paraíso dos pés, pontapé, magia dos pés). No trajeto entre todas essas e mais algumas a minha avó espertamente encontrava um lugar para se recostar. Era eu avistar uma sapataria que ela ja estava sentada em um banquinho dentro dela ou em um daqueles "espaços lounges" que estão espalhados pelo Barrashopping.
Depois de olhar muitas vitrines e passar algum tempo procurando o banquinho onde estaria a minha avó, eu encontrei o tênis numa sapataria que não tinha pé no final. Paquetá, não, eu não fui à Paquetá, também não estou fazendo propaganda da loja (a não ser que isso me dê um abatimento no valor do tênis). Comprei lá por que quis, e isso é absoluto, o que vem depois disso é relativo, não tente entender se você não fizer metodologia da comunicação comigo, não comigo , eu não sou a professora, na minha turma.
O que importa é que o reino do pé perdeu a luta contra Paquetá (alguém me responde por que essa loja tem esse nome, Paquetá é um polo de fabricação de sapatos ? Não. Né? Ah, não importa.)
Depois disso fomos almoçar no oriento, lá tem comida normal e comida japonesa, atendia ao meu gosto e ao da minha avó. Acontece que depois de se servir ao invés de pagar a minha avó saiu correndo e eu fiquei parada no caixa sem entender absolutamente NADA. Falei com a atendente do caixa:
-Moça eu prometo que não vou dar calote , mais eu acho que a minbha avó teve algum probleminha, já volto pra pagar!
Quando encontrei a minha avó ela estava sentada ao lado de uma moça que estava tentando dizer a ela que a mesa estava ocupada, as vezes velho é foda. Morrendo de vergonha eu pedi desculpas a moça, convenci minha vó a levantar e lembrei que ainda não tinha pago. foi quando eu me dei conta de que eu não precisava da minha avó pra pagar por que o cartão estava na minha bolsa. Naquele momento eu pude imaginar claramente a minha avó dizendo:
-Depois velho que é foda!
Paguei a conta, encontrei uma mesa desocupada, sentamos, comemos. Ela comida normal e eu japonesa, comida japonesa.
-Vamos embora, estou cansada
-Cansada de que vó
-De andar
-Mais você ficou sentada em todas as sapatarias
-Vamos pra casa, agora eu quero tomar banho e dormis
-Caraca vó, quando a idade chega..
-Você vai saber quando ficar velha.
quinta-feira, 4 de março de 2010
O dia em que tudo conspirou para o meu atraso

Terça-feira, 02 de março. ¨
Fisioterapia às 10h da manhã, celular para despertar às 8h30.
Acordei com a sensação de que tinha perdido a hora e que portanto, continuaria sentindo dor no pé, mas o sono era tão grande que juntou-se à preguiça, companheira de todos os dias, e me impediram de chegar ao celular e ver que horas eram de fato. Quando finalmente tomei coragem e peguei o celular me dei conta de que ainda eram 06h20 da manhã e nem mesmo a minha mãe havia se levantado para trabalhar. Isso me trouxe a alegria e o alivio de poder voltar a dormir.
Acordei outra vez e continuava cedo, 07h40, ainda me restava praticamente uma hora para dormir e a certeza de que o celular despertaria no horário certo, isso fortaleceu a minha vontade de me entregar ao sono. Acordei mais uma vez, e ao pegar o celular percebo de que não o ouvi despertar e de que estava MUITO atrasada, já eram 09h10 e eu ainda precisava tomar banho, me arrumar, tomar o café e andar até o ponto de ônibus.
Fiz tudo na correria e saí de casa. Esperando o sinal fechar, bem pertinho do ponto, me dei conta de que meu ônibus estava passando, foi quando eu pensei: " é hoje que eu faço fisioterapia (y)". Cheguei no ponto e as coisas pareciam estar melhorando já que em seguida apareceu outro 755. Doce ilusão! Eu, manca, poderia andar mais rápido do que a minha lotada condução naquele trânsito.
Não poderia deixar de mencionar que estava chovendo, o que dificultou mais a minha saga. Quando finalmente chego ao consultório, 40 minutos atrasada, o lugar está lotado de velhinhos com artrite, artrose, osteoporose, entre outros. Depois de 20 minutos na sala de espera eu constatei que se ainda fosse em casa, nunca chegaria a tempo pro estágio então liguei avisando que não voltaria para almoçar.
Fui chamada por volta das 11h30 e para contribuir com o meu ótimo estado de espírito, não é a fisioterapeuta que vem colocar a bolsa de gelo no meu pé e sim a recepcionista. Eu até entendo que a parte do gelo eu posso fazer sozinha, mas eu acho que eu pago a fisioterapia para ser atendida pela fisioterapeuta não é ? Pra não arrumar confusão , fiquei calada.
Depois de uma hora de fisioterapia , já atrasada pra ir pro estágio resolvi almoçar no barra shopping pois não daria tempo de passar em casa. Depois de rodar pelas praças de alimentação resolvi comer só um sanduíche. Tudo bem que eu quis um beirute, que vale pelo almoço, mais a intenção era essa, fora que no habibis, normalmente as coisas ficam prontas rápido, mas não nesse dia!
Fiz o pedido para viagem, ia comer no caminho, no estágio, em alguma hora , só nao podia ficar de estômago vazio. Depois de dez minutos de espera, já impaciente, perguntei: "vai demorar?", no que atendente literalmente berra para o outro lado do balcão: "qual vai ser desse beirute ai meu filho?". O homem da cozinha então responde: "já vou fazer". E como se eu fosse surda ela me diz: "cinco minutinhos", olhei pra cara dela com uma felicidade (y) que você não pode imaginar. Foram uns dos cinco minutos mais longos da minha vida até que fiz à gerente a mesma pergunta e ouvi outros gentis "cinco minutinhos senhora". Eu pensei comigo mesma " pra começo de conversa senhora é a sua vó e segundo que eu nao aguento mais esperar, vc acha que eu posso dizer pra minha chefa só mais cinco minutinhos?" Mais antes que eu completasse mentalmente a frase o tal do beirute ficou pronto.
Me dei conta de que estava morrendo de sede, e como lá não vendia nada que eu pudesse beber no caminho, fui tentar comprar um suco de latinha ou um guaravita , mais pra minha felicidade (y) só encontrei refrigerante , ou então teria que correr o risco de levar um banho no ônibus com um copo de suco. Me conformei com o refrigerante e fui pro ponto onde NÃO tinha ônibus direto pra minha faculdade. Perguntei ao fiscal se o barrinha ia demorar e ele me respondeu "uns 20 minutinhos apenas". Eu ri e peguei um ônibus que tinha no letreiro da frente FREGUESIA. Ele deu a volta no mundo e eu fiquei ainda mais atrasada, engoli metade do beirute no próprio ônibus e como eu não tinha certeza do trajeto dele, saltei, mas saltei muito antes do ponto onde eu deveria pegar o frescão, pois esse é o mais rápido.
Quando saí do ônibus me dei conta de que a caixa do sanduíche estava toda suja e como havia colocado ela sobre as pernas, também fiquei com a calça suja. enquanto me distraia com o queijo derretido na minha calça, ví um frescão parado no ponto, saí correndo , mais sabia que não ia dar tempo, até por que eu estava de tala e a essa altura de tanto andar meu pé já estava doendo. Parei e fiz sinal de onde estava, milagrosamente o ônibus parou. Subi, sentei , e depois disso qualquer desespero era inútil. Aproveitei o engarrafamento na serra para terminar de comer. No final disso tudo eu cheguei no estágio com as calças sujas do sanduíche-iche, suada, cansada e MUITO atrasada!
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