
Terça-feira, 02 de março. ¨
Fisioterapia às 10h da manhã, celular para despertar às 8h30.
Acordei com a sensação de que tinha perdido a hora e que portanto, continuaria sentindo dor no pé, mas o sono era tão grande que juntou-se à preguiça, companheira de todos os dias, e me impediram de chegar ao celular e ver que horas eram de fato. Quando finalmente tomei coragem e peguei o celular me dei conta de que ainda eram 06h20 da manhã e nem mesmo a minha mãe havia se levantado para trabalhar. Isso me trouxe a alegria e o alivio de poder voltar a dormir.
Acordei outra vez e continuava cedo, 07h40, ainda me restava praticamente uma hora para dormir e a certeza de que o celular despertaria no horário certo, isso fortaleceu a minha vontade de me entregar ao sono. Acordei mais uma vez, e ao pegar o celular percebo de que não o ouvi despertar e de que estava MUITO atrasada, já eram 09h10 e eu ainda precisava tomar banho, me arrumar, tomar o café e andar até o ponto de ônibus.
Fiz tudo na correria e saí de casa. Esperando o sinal fechar, bem pertinho do ponto, me dei conta de que meu ônibus estava passando, foi quando eu pensei: " é hoje que eu faço fisioterapia (y)". Cheguei no ponto e as coisas pareciam estar melhorando já que em seguida apareceu outro 755. Doce ilusão! Eu, manca, poderia andar mais rápido do que a minha lotada condução naquele trânsito.
Não poderia deixar de mencionar que estava chovendo, o que dificultou mais a minha saga. Quando finalmente chego ao consultório, 40 minutos atrasada, o lugar está lotado de velhinhos com artrite, artrose, osteoporose, entre outros. Depois de 20 minutos na sala de espera eu constatei que se ainda fosse em casa, nunca chegaria a tempo pro estágio então liguei avisando que não voltaria para almoçar.
Fui chamada por volta das 11h30 e para contribuir com o meu ótimo estado de espírito, não é a fisioterapeuta que vem colocar a bolsa de gelo no meu pé e sim a recepcionista. Eu até entendo que a parte do gelo eu posso fazer sozinha, mas eu acho que eu pago a fisioterapia para ser atendida pela fisioterapeuta não é ? Pra não arrumar confusão , fiquei calada.
Depois de uma hora de fisioterapia , já atrasada pra ir pro estágio resolvi almoçar no barra shopping pois não daria tempo de passar em casa. Depois de rodar pelas praças de alimentação resolvi comer só um sanduíche. Tudo bem que eu quis um beirute, que vale pelo almoço, mais a intenção era essa, fora que no habibis, normalmente as coisas ficam prontas rápido, mas não nesse dia!
Fiz o pedido para viagem, ia comer no caminho, no estágio, em alguma hora , só nao podia ficar de estômago vazio. Depois de dez minutos de espera, já impaciente, perguntei: "vai demorar?", no que atendente literalmente berra para o outro lado do balcão: "qual vai ser desse beirute ai meu filho?". O homem da cozinha então responde: "já vou fazer". E como se eu fosse surda ela me diz: "cinco minutinhos", olhei pra cara dela com uma felicidade (y) que você não pode imaginar. Foram uns dos cinco minutos mais longos da minha vida até que fiz à gerente a mesma pergunta e ouvi outros gentis "cinco minutinhos senhora". Eu pensei comigo mesma " pra começo de conversa senhora é a sua vó e segundo que eu nao aguento mais esperar, vc acha que eu posso dizer pra minha chefa só mais cinco minutinhos?" Mais antes que eu completasse mentalmente a frase o tal do beirute ficou pronto.
Me dei conta de que estava morrendo de sede, e como lá não vendia nada que eu pudesse beber no caminho, fui tentar comprar um suco de latinha ou um guaravita , mais pra minha felicidade (y) só encontrei refrigerante , ou então teria que correr o risco de levar um banho no ônibus com um copo de suco. Me conformei com o refrigerante e fui pro ponto onde NÃO tinha ônibus direto pra minha faculdade. Perguntei ao fiscal se o barrinha ia demorar e ele me respondeu "uns 20 minutinhos apenas". Eu ri e peguei um ônibus que tinha no letreiro da frente FREGUESIA. Ele deu a volta no mundo e eu fiquei ainda mais atrasada, engoli metade do beirute no próprio ônibus e como eu não tinha certeza do trajeto dele, saltei, mas saltei muito antes do ponto onde eu deveria pegar o frescão, pois esse é o mais rápido.
Quando saí do ônibus me dei conta de que a caixa do sanduíche estava toda suja e como havia colocado ela sobre as pernas, também fiquei com a calça suja. enquanto me distraia com o queijo derretido na minha calça, ví um frescão parado no ponto, saí correndo , mais sabia que não ia dar tempo, até por que eu estava de tala e a essa altura de tanto andar meu pé já estava doendo. Parei e fiz sinal de onde estava, milagrosamente o ônibus parou. Subi, sentei , e depois disso qualquer desespero era inútil. Aproveitei o engarrafamento na serra para terminar de comer. No final disso tudo eu cheguei no estágio com as calças sujas do sanduíche-iche, suada, cansada e MUITO atrasada!
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