sábado, 18 de setembro de 2010

Círculo vicioso

Depois de vários desencontros ela se sentia com o poder na palma de suas mãos, a sensação era de que podia tudo e sem dúvida tiraria proveito desse poder. Tinha dias em que ela achava que todos na rua paravam para olhar ela passar, pensava que teria quantos homens quisesse. Afirmava: "Essa noite é só minha". E depois se punia: "quanta prepotência, existem mulheres muito melhores que você, acorda queridinha"

Detestava o "-inha" diminuia todas as suas qualidades e também as expectativas. Não se dava por satisfeita com pouco, deve ser por isso que queria a admiração de todos. Que os mais burros admirassem sua inteligência mediana, que os mais feios admirassem sua beleza mediana, e que os que fossem extremamente bons e superiores admirassem pelo menos a sua humildade ou vontade de fazer o bem aos outros, também mediana.

Conseguiu o que queria, usou o poder, e confirmou suas primeiras constatações. Teve o respeito, mesmo que por um curtíssimo espaço de tempo, daquele que ela julgava ser a personificação do que é impossível e de alguns outros.

Pensava que o cheiro de seu perfume seria como esmalte vermelho, mesmo quando se tira com bastante cuidado restam manchas na unha que só saem quando se passa um outro esmalte por cima. Talvez tenha sido...

Depois de ter o que queria, não achou a menor graça (em todos os sentidos em que se pode entender a palavra graça), sente reflexos disso ainda hoje. Questiona se de fato queria o que dizia querer, se valeu a pena e se aprova o seu comportamento passado, mas tem a sensação de estar prestes a agir da mesma forma, a cometer os mesmos erros num círculo vicioso.


Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
"Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!"
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:

"Pudesse eu copiar o transparente lume,
Que, da grega coluna à gótica janela,
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela"
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:

"Mísera! tivesse eu aquela enorme, àquela
Claridade imortal, que toda a luz resume!"
Mas o sol, inclinando a rútila capela:

"Pesa-me esta brilhante auréola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Por que não nasci eu um simples vaga-lume?" (Machado de Assis)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MC DIA FELIZ


Gente, pra quem não sabe eu faço parte da assessoria da Casa Ronald. Hoje estive lá e conheci o Matheus, estrela da campanha do Mc dia feliz deste ano. Quem olha essa coisinha fofa e muito esperta não imagina que ele ja enfrentou problemas de gente grande. Essa é uma experiência que descreverei depois.

"Em 2006, quando Matheus tinha apenas um aninho, ele teve linfoma. Natural de Volta Redonda, no sul do estado do Rio de Janeiro, ele se hospedou na Casa Ronald McDonald da capital durante o tratamento no INCA.

Hoje Matheus está em acompanhamento da doença e comemora sua nova vida! Ele representa as mais de 30.000 crianças, adolescentes e seus familiares beneficiados pela campanha, a cada ano, em todo país."

Hoje estou aqui para atestar a seriedade desse trabalho e do Mc dia feliz, que é tão importante pro sustento da casa. Por isso quero convidar a todos para "transformar big macs em sorrisos" amanhã em qualquer Mc Donalds... as criancinhas contam com vocês !!


beijooos

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Que coisa feia !


Eu assisti uma palestra do saudoso padre Leo pela TV, e não me canso de tanto encantamento diante da sua capacidade magnífica de explicar as coisas de Deus. Independente de religião ou da própria crença na existência de deus , as coisas que ele diz fazem muito sentido.
Dentre as tantas coisas que ele disse hoje, suas palavras a respeito da nossa “inteligência emocional” me fizeram refletir bastante. Quem nunca ouviu falar que para se entrar no reino dos céus é preciso se assemelhar às crianças? Bom, mas isso não faz sentido só pra quem acredita. Para se viver bem é preciso ser como uma criança. Sua sinceridade, sua pureza, são coisas que devem permanecer em todos nós. Conforme crescemos. Somos cada vez mais podados, seja por nossos pais, familiares, professores. Sempre recebemos orientações sobre como devemos nos comportar, qual é a maneira mais apropriada. Isso faz com que mesmo sem maldade e sem nos dar conta, vistamos inúmeras mascaras e bloqueemos nossos sentimentos. Ter de fingir que se esta alegre, ter de ser simpático com todos, enfim, manter as aparências.
É justamente ai que se reforça a necessidade de ser como uma criança. Tão espontâneas elas não simulam estar felizes quando algo as desagrada, não fazem cara de boazinhas para todos, não fingem gostar de quem elas não gostam, mesmo que isso lhe custe o pirulito que ela queria, uma bronca ou um beliscão. É comum se deparar com uma mãe sem graça depois de situações do tipo “dá um beijo na tia”, “não , ela é chata”... “filhoo, o que é isso, não foi assim que eu te eduquei...criança tem cada uma né?!”
É! Cada uma que anda faltando em nós... chega beirar a hipocrisia, vivemos reclamando de pessoas falsas ao nosso redor e insistimos em conter nossas emoções e não mostrar nossos reais sentimentos... se as crianças entendessem isso tudo, no mínimo diriam: “ que coisa feia, não foi isso que você me ensinou!”

segunda-feira, 2 de agosto de 2010



Boom gente , a um tempo atrás ganhei este selo, eu nao sabia da existência disso, mas fiquei muito feliz de saber que tem gente que realmente gosta do que lê por aqui !
Obrigada celle > Flores in vitro

Bom, aí vão as regras:

1 - Colocar a imagem do selo no blog.
2 - Linkar o blog que indicou.
3 - Indicar blogs ao selo.
4 - Comentar nos blogs dos indicados sobre esse selo.

Indico:
Flores in vitro (não é só p retribuir, mas pq eu gosto mesmo)
Blog da Aline, a Paggy
Etcétera e tal
Infeliz é aquele que não vive do amor
A mais alta das torres começa aqui no solo

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mudaram as estações ...



Interrompendo essa longa discussão sobre o que as mulheres e os homens pensam sobre relacionamentos, hoje eu quero relembrar...

Há um tempo eu tenho pensado no quanto minha vida vem mudando, no quanto é difícil abrir mão de certas coisas e permitir as transformações que a vida trás. Depois de ver o liindo toy story três, todas essas coisas e mais algumas voltaram a rodear a minha mente e agora cá estou...
Desde a infância eu relutei para crescer. Diferente da ideia que as pessoas têm de que as crianças não entendem nada, eu tinha plena consciência de que o crescimento traria consigo muitas responsabilidades e preocupações. Sempre muito curiosa eu queria saber dos assuntos adultos, mas eu sabia que adultos esquentavam muito a cabeça, então eu queria apenas saber das coisas, só saber.
Ter que ir a escola de manhã e ter o resto da tarde pra brincar ou ver toda a programação da TV eram sem duvidas coisas que me faziam vibrar, pra uma criança a vida parece um eterno feriadão, e mesmo assim a gente vive reclamando de ter que ir a escola e estudar.
Eu costumava ficar perdida no meio de tantas barbies ou sujar muitas roupas brincando de panelinha e foi assim durante bastante tempo, mesmo quando as circunstancias da vida me obrigavam a crescer eu, mesmo atingida pelos problemas fingia não ver que eles existiam.
Quando de fato eu deixei de ser criança? Não sei, essa transição aconteceu aos poucos, mas eu me lembro de quando comecei a me desfazer dos meus brinquedos, a cada um que era dado eu remontava em minha mente muitos momentos... Se desfazer dos brinquedos não é apenas dar o que você não usa mais, como roupas que não cabem, é admitir a mudança
Perceber que os brinquedos não cabem mais a você, a quem você esta se tornando, reconhecer que não mudou só a casca, mas amadureceu por dentro, e por isso não dá mais pra fingir que os problemas não existem. Essa é normalmente a fase do “você esta velha de mais para brincar de bonecas e muito nova para voltar de madrugada”. É a fase em que finalmente se quer crescer e viver sem brinquedos e sem tantas restrições.
A adolescência vem e você passa a experimentar as experiências que ela te oferece, passa a conhecer um novo mundo e a ser muito mais cobrado. Você começa a ouvir com frequência a frase: “você não é mais uma criança”. As maiores expectativas em torno do adolescente dizem respeito justamente ao fim dessa etapa. As pessoas esperam que você passe por ela sem fazer grandes besteiras, sem se envolver com drogas e más companhias e que finalmente amadureça. O que mais te pressiona é ter que passar no vestibular.
A tentativa de se entrar em uma boa universidade muitas vezes ultrapassa a adolescência...e depois de ter passado por todas essas etapas o filme me trouxe ótimas lembranças do que aconteceu, dos ciclos que ficaram pra trás... a questão é que as mudanças acontecem o tempo todo, essas acontecem de uma forma geral na vida de todos, mas encerramos e começamos ciclos em tudo na vida, alguns que são mais característicos dos caminhos percorridos por cada um.
O que eu tenho certeza é que cada experiência vivida deixa marcas e acrescenta coisas a sua personalidade ou dá ensinamentos, mas algo de cada fase/ciclo permanece em nós. Eu por exemplo, espero nunca deixar de ser criança por completo...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

AGD - a visão masculina

Depois de protestos masculinos sobre o meu último post, resolvi abrir espaço para que um deles desse a sua opinião sobre o assunto. Vamos ver que tipo de comentários isso vai gerar. Adianto a vocês que o autor do post é um calouro da UERJ, conhecido pela sua fama de "muleque piranha", bom vou deixar que tirem suas próprias impressões, mas não poderia deixar de citar aqui o "quem sou eu" dele no orkut:

"Meu objetivo é amar muitas mulheres, mas partir poucos corações" Casanova



Olá, venho por este texto mostrar um pouco da visão masculina sobre o tema abordado por nossa amiga J.R. Que fique claro que apesar de ser uma visão masculina sobre o tema essa opinião diz respeito a minha pessoa e a um grupo bem grande de homens.

Vamos começar analisando uma parte do que nossa amiga escreveu:

"Está cada vez mais comum ver garotas reclamando da escassez de homens que prestem. Não é raro ouvir alguma menina dizer que aquele carinha por quem ela estava super afim simplesmente não vale o chão que pisa; Que atire a primeira pedra aquela que nunca proferiu a seguinte frase: “vou virar freira, é a única opção que me resta!”."

Percebe-se no trecho que há algo errado, ela afirma que cada vez mais garotas reclamam dos homens e que eles não valem o chão em que pisam. Ok !, mas será mesmo que o problema está nos homens ou em ambos os sexos ?, podemos afirmar simplesmente que grande parte dos homens só querem putaria ou há algum ruído na comunicação entre homem-mulher ?

Começaria mostrando um trecho do livro “A Transformação da Intimidade”, do
Anthony Giddens: “Hoje em dia os garanhões são produtos das próprias transformações da vida pessoal às quais, à superfície, eles parecem se contrapor mais firmemente. São sedutores em uma época em que a sedução tornou-se virtualmente obsoleta, e isto explica muita coisa sobre a natureza de sua compulsão. A “sedução” perdeu grande parte do seu significado em uma sociedade em que as mulheres tornaram-se muito mais “sexualmente disponíveis” aos homens do que jamais foram...O aventureiro sexual moderno tem rejeitado o amor romântico, ou utiliza sua linguagem apenas como retórica de persuasão. Por isso, sua dependência das mulheres só pode ser validada no âmbito sexual.”

Me baseando no texto, acredito de início, que homem e mulher buscam a mesma coisa, AMOR E REALIZAÇÃO, mas seguem caminhos diferentes para alcançá-la. A revolução sexual feminina com certeza quebrou com parâmetros que antes definiam um sociedade machista e controladora, o que faz com que todos tenham o seu próprio espaço bem individualizado. Aonde está aquele amor romântico e intenso que lemos nos livros ?, sumiu. Sumiu porque a revolução feminina acabou com a necessidade masculina de se mostrar digno de amor, separando de vez os laços e definindo bem os espaços.

Vocês mulheres hoje em dia estão extremamente competitivas, ocupam lugares de grande prestígio, acabaram com diversos preconceitos e o principal...diminuíram o MACHISMO em nossa sociedade, e aí é que está um grande problema, pois para mim o machismo é o pai do romantismo. Sem machismo, sem romantismo.

Para pôr a mulher em seu “lugar” e amansá-la nada melhor que a idéia do maternal, da mãe, da mulher que cuida do emocional e educa. A mulher que quer viver um lindo amor é a mesma que lê romances baratos, assiste novelas, cuida dos filhos, uma verdadeira dona do LAR.
A questão reside no fato de que a mulher mudou muito e o homem precisa também mudar para se adaptar. A mulher trabalha, tem sua independência e o principal...sua sexualidade bem independente, o que contrasta com o romantismo idealizado pelos próprios homens.
Veja bem, quando me refiro ao romantismo não estou me referindo apenas a uma linda historia que dá certo cheia de clichês, mas me refiro a um tipo de relacionamento baseado na crença de que um será eternamente feliz com o outro, de que ambas as partes irão ceder para um bem maior. Sem machismo, sem romantismo. Sem romantismo, sem relacionamento tipicamente ideal.

Até agora fiz uma análise, admito que boba, sobre o romantismo e o papel atual da mulher, que é contraditório.Agora darei a mais seca opinião masculina sobre o assunto.

O homem tem uma visão diferente das mulheres, não costumamos DRAMATIZAR as coisas, todos os meses tomamos alguns diversos foras de mulheres(muito mais que vocês) e nem por isso ficamos choramingando por aí. A mulher ainda não perdeu a mania de achar que tudo é uma conspiração maior em vez de pensar que ele SIMPLESMENTE não estava afim de você, que você não foi o suficiente para ele.
Nós pulamos de galho em galho até achar alguém que nos faça se sentir completos, igual a vocês mulheres, mas estamos despidos de qualquer romantismo ou ideal. Pagamos pra ver sem pensar muito, sem sentimentalizar. Arriscamos, e seja que Deus quiser.
A mulher tem ao péssimo hábito de rotular sempre o homem quando o relacionamento não dá certo, sempre procura uma causa pra isso.

Legal, você se sente sozinha ?, usada ?, mal amada ?...também me sinto da mesma forma, mas estou tentando achar alguém ainda... Não tenho nada a perder, cada caso é uma história, uma nova aprendizagem e uma memória que nunca vai sumir.
Vocês tentam se diferenciar uma das outras dizendo para o seu atual “desenrolo”: “ai, já sofri muito por amor”, “to confiando em você, porque até pouco tempo atrás prometi não ficar com mais ninguém” já ouvi isso muitas vezes, e sabe o que aconteceu ?, é...hoje estou sozinho, antes sentia até pena...mas depois que vi que todas utilizavam deste artifício eu me acostumei.

#ficaadica, se quer ser valorizada por um homem não tente cair na moda de tentar ser diferente. Ninguém deve tentar ser especial ou forçar um sentimento onde se sabe que não tem. Projetar coisas traz muita decepção.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

AGD – associação das garotas desiludidas



Está cada vez mais comum ver garotas reclamando da escassez de homens que prestem. Não é raro ouvir alguma menina dizer que aquele carinha por quem ela estava super afim simplesmente não vale o chão que pisa; Que atire a primeira pedra aquela que nunca proferiu a seguinte frase: “vou virar freira, é a única opção que me resta!”.
Depois de tanto ouvir e dizer isso resolvi, com a ajuda de uma amiga nada satisfeita, criar uma associação, ainda não sei com que objetivo, mas vai que só a pressão da sua existência já surte algum efeito!
A verdade é que para essa analise existem dois tipos de garota: as que se apaixonam fácil e as que se fazem de duronas. No fim das contas as duas acabam apaixonadas. Em raríssimos casos algumas encontram um cara que as leve a sério, digamos que em uma frequência de ½ %.
Rotineiramente as meninas que não fazem parte do grupo das sortudas reclamam que não têm sorte, que se sentem vistas como um objeto. O que parece é que nós (me incluo nessa parada) por mais que tentemos, nunca seremos a garota pra namorar, pelos olhos de algumas pessoas. Você não se acha uma extrema porcaria por que vários caras querem ficar com você, mas ao mesmo tempo acha que não presta pra nada, por que acha que o interesse que desperta nos homens não passa disso.

Quando você finalmente se depara com o cara que você diz : “é ele”
A)Ele te decepciona e vc descobre que ele não prestava
B)Ele também te decepciona e diz que você é muito legal, mas que ele não quer nada sério e vc é garota pra namorar.

Quem nunca ouviu isso?
É ai que você fica: ótimo e agora o que eu faço? (viro freira ou perdida?)
Quantas vezes você já não se perguntou: por que ela e não eu, essa garota é a maior (com o perdão da palavra) piriguete!
Ainda tem essa, quando esse meio por cento de garota que tem sorte é daquele tipinho que vc nunca acredita que vai encontrar um namorado.

Diante de tanta insatisfação, que não é só minha, e em solidariedade a uma amiga insatisfeita, resolvi tornar isso público rs.
Se vc tbm se sente assim, espalhe AGD por ai, no seu MSN, Orkut, blog... vai que funciona!

AGD – por homens melhores ! ahaha

domingo, 23 de maio de 2010

Equilíbrio: Em que bolsa eu coloquei ele ?


Hoje, depois de um dia feliz e conturbado, eu parei, respirei e olhei pra mim mesma.
Sem muito esforço me dei conta de que eu simplesmente não me reconheço, não estou agindo como naturalmente faço. A falta de paciência, controle, o medo excessivo, a insegurança, os detestáveis palavrões que teimam em sair. Coisas que não me fazem crescer, que não me levam a diante e que têm me acompanhado constantemente.
Eu preferia ser do tipo que contava até dez e que dizia insuportável, inconveniente, ou outra palavra dependendo do contexto, no lugar de filho da puta. O palavrão não ofende quem eu quero ofender, e a verdade é que o palavrão é o de menos, é esse comportamento que não é característico de mim.
Depois de ver tudo isso, estou tentando reencontrar meu equilíbrio, deixar de lado essas coisas estranhas que só me trazem uma coisa: a sensação de vazio, estou me sentindo sem referência. Lidar comigo mesma tornou-se uma tempestade, e eu não estou de TPM. Quem é que nunca se sentiu assim? Insatisfeito consigo mesmo querendo mais atenção sua pra você. Se não estou bem comigo, não estarei bem com mais ninguém, é isso que tem que mudar, quero de volta minhas gargalhadas escandalosamente felizes e o meu controle desprovido de palavrões.

Atividade proposta: ser quem eu sou, deixar todos verem isso, não ter medo de sentir o que eu sinto e de dizer isso a quem precisa saber.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Todos iguais ?



As pessoas passam a vida toda te dizendo para ter personalidade, para ser você mesmo, que você não precisa ser igual aos demais, que precida de um diferencial. No momento em que você constroi tudo isso, que decide quem você quer ser, você percebe que esse você não agrada. Agradar é a coisa mais difícil , mas para estar incomodando alguém basta existir.
Haverá quem questione tudo o que você faz, todas as suas atitudes e ler nas entrelinhas do que você fala coisas que você não quis dizer.
Se você age de tal forma é por que gosta de aparecer, se faz determinadas coisas é por que está esperando algum benefício, se consegue alguma coisa não é por mérito ou merecimento, mas por que está sendo favorecido.
O mundo é assim, as pessoas tem o péssimo costume de julgar as outras sem conhecê-las. É o famoso preconceito que sempre é mencionado. Não basta ser vc mesmo, você tem que se adequar aos ambientes, se moldar como uma peça com encaies diferentes pra que as pessoas te aceitem.
Para algumas pessoas você nunca será bom o suficiente para conquistar as coisas por suas próprias pernas, se for simpático é forçação, se se impõe é autoritário, se não se pronuncia é sem personalidade, se cala é otário, e mais um monte de outras coisas. Ser você não basta, ser você não é bom, você vai ter que engolir um monte de sapos e nem assim talvez as pessoas se convençam de que você é digno do que tem.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"And we' ve got to find other ways to make it alone ,Or keep a straight face"

Essa semana eu estava sem muita criatividade e pretendia postar um texto do meu antigo blog, mas os últimos dias me fizeram pensar em muita coisa, então, resolvi falar.

Sempre chega um momento na vida em que você se vê obrigado a fazer escolhas. Com o passar do tempo essas escolhas deixam de ser "sorvete de chocolate ou baunilha" e se tornam realmente complexas. Devo mesmo me prender a uma religião? Que profissão devo seguir? Manter as aparências ou ser você mesmo? Esconder ou expor? Um emprego bom que é chato ou um em que ganhe menos e me sinta realizado?

Essas são só algumas das perguntas que permeiam a mente humana, ao escolher A, temos que deixar todo o resto do alfabeto de lado e nem sempre isso é simples. Mas nem sempre o caminho mais simples é o melhor. Sempre que se sofre se tem uma recompensa no final?Da minha parte serei realmente pessimista,da sua tire as conclusões que lhe forem convenientes ou que lhe foram permitidas com o vivenciar dos fatos.

O que eu posso dizer é que nem sempre haverá um pote de ouro no final do arco-iris, contos de fadas são mentiras, você deveria saber isso desde criança. O principe encantado não aparecerá, seu amor pode estar mais próximo de um sapo. Não espere que outro desista para mostrar que o quer, "o que os olhos não vem o coração não sente". Não espere que as pessoas saibam ler nas entrelinhas, se quer que alguém note algo diga de uma vez por todas. Você pode perder o amor da sua vida por medo de declarar-se, eu já perdi o meu para alguém que teve coragem, mas isso não significa que não possa tê-lo nunca, se ele é seu amor ele é seu, portanto não desista, relacionamentos começam e terminam o tempo todo no mundo inteiro.

Não acuse as pessoas sem que essa acusação seja feita olhando nos olhos dessa pessoa, ninguém pede desculpas por um erro que não sabe que cometeu. Todos merecem uma segunda chance,mas não se deixe ser feito de bobo, algumas pessoas se aproveitam disso. Não deixe as coisas pra depois, opte: dormir tanto ou aproveitar mais os meus dias ? Você nunca é burro demais se tem força de vontade, se não gostar da faculdade que escolheu faça outro vestibular. Nunca é tarde para construir família, algumas mulheres tiveram filhos aos 40, existem inúmeras crianças querendo ser adotadas.

Nós não podemos mudar o começo, mas podemos mudar o fim, os maiores homens foram aqueles que tiveram coragem de voltar atrás e admitir que estavam errados.

EU ERREI, ERRO E ESTOU ERRANDO AGORA.
Eu dificilmente sigo os conselhos que dou aos outros , se seguisse seria mais feliz, mas eu ainda não sou uma grande mulher, ainda peco por medo.

Nunca é tarde pra voltar atrás, podemos buscar outros meios de seguir em frente sozinhos ou ficar com uma cara boa, apenas a cara ...

"Walking the streets
With you and your worn out jeans
I can't help thinking this is how it ought to be
Laughing on a park bench thinking to myself
Hey, isn't this easy?" - Taylor Swift

domingo, 28 de março de 2010

Namoros...

Não existe a melhor maneira de terminar um relacionamento. Primeiro por que não dá pra simplesmente dizer: Não te amo mais, acabou! Segundo porque um namoro parte do princípio de que existem laços afetivos entre os envolvidos, portanto dificilmente o término virá desacompanhado do sofrimento para, pelo menos, uma das partes. À não ser que você seja um verdadeiro enganador/aproveitador , quando a relação chega ao fim por motivos que nao sejam traição e mentira, o que se quer é minimizar a dor.
O desgaste, a rotina, as dificuldades encontradas para se estar junto, a falta de vontade ou até força para lutar contra essas barreiras são algumas das razões que decretam o fim de uma relação antes mesmo que ela acabe oficialmente.
Existem namoros em que pra evitar o inevitável, o casal tenta disfarçar e passa uma infinidade de tempo empurrando com a barriga, insatisfeito. Nesses casos quando o relacionamento acaba é como uma explosão, os dois sofrem e acabam jogando de uma vez só todo o descontentamento, que poderia ter sido solucionado no momento em que surgiu, na cara da outra pessoa
Normalmente pra evitar brigas a pessoa guarda tudo que a irrita em um potinho, até que a tampa não consegue conter a pressão de tão cheio que ele está e estoura. Nesse tipo de término quem esta de fora costuma comentar “nossa eu não acredito que eles terminaram, pareciam um casal perfeito, nunca brigavam” e é exatamente nesse nunca brigavam que estavam todos os problemas
Tem outro tipo de termino, em que uma das pessoas esta completamente frustrada com o relacionamento e a segunda parte não se dá conta disso, não há problemas evidentes, o problema é o que q parte frustrada sente, ou melhor, não sente. Desesperada para por um ponto final nessa história a pessoa acaba dizendo “eu não gosto de você tanto quanto você gosta de mim”.
Nesse tipo de situação existem pessoas que se satisfazem com migalhas do outro e dizem que não se importam, o outro sente até pena, mas pra ele não dá mais, ele vai ser sempre considerado um grande filho da puta sem coração. Mais na verdade ele só quer ser legal e não deixar que o outro se envolva mais e consequentemente sofra mais. Vocês conhecem a história, quanto maior a altura, maior a queda. Experiência própria, já fui chamada de a sem coração.
Tem também o namoro que terminou, mais não terminou. Isso significa que mudou apenas o status, mais os dois continuam se tratando como se fossem um casal. Fotos no Orkut, lembranças, cobranças. Pra que terminam então? Não sei, nunca passei por isso.
Em todas essas hipóteses não existem motivos realmente concretos para que as pessoas se odeiem e por isso elas sofrem, mesmo querendo que o sofrimento seja o mínimo possível, e ai não dá só pra dar tchau.
Agora se você namorou uma pessoa que te traiu, mentiu, fez mal, sacaneou, provavelmente vai sofrer e espernear por se sentir um idiota, vai querer matar o(a) ex- e não dá pra prever se ele liga ou não pro que você tá pensando, mais eu acredito que se a pessoa foi capaz de te enganar, e nem tenta se redimir, ela se importa o mínimo possível.
Agora tem os casos dos arrependidos, bêbados, insanos, “eu fui um idiota, não pensei antes de fazer, foi sem querer, não tinha sentimento, foi só uma noite, me perdoa” e ai cabe a cada um escolher o que fazer: perdoar ou não. Por que pode ser mentira também. Mesmo assim, lembre-se: quem não estiver disposto a fazer apostas não merece se apaixonar.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Quando a idade chega...

Depois de ser apelidada de "a menina dos ossos de vidro" resolvi ir no shopping comprar um tênis que não seja um all star, pra ver se eu diminuo a minha cota de três para duas torções anuais.

Aproveitei a desculpa, que não colou com a minha mãe, de que precisamos passar mais tempo em família e arrastei minha avó pro shopping. Calma ai, não foi só uma desculpa, eu não sou uma sem coração exploradora, nós realmente precisamos passar mais tempo juntas, mas a minha mãe prefere fazer isso com uma quarta companhia, a da televisão ¬¬. Mentira, quer dizer, mais ou menos, entre a tv e o shopping ela fica com a primeira opção.

Enfim, fui pro shopping com a vovs atrás do tal tênis, atravessamos o universo nem um pouco criativo das sapatarias em que quase todas elas tem um nome com pés no final (sonho dos pés, desejo dos pés, paraíso dos pés, pontapé, magia dos pés). No trajeto entre todas essas e mais algumas a minha avó espertamente encontrava um lugar para se recostar. Era eu avistar uma sapataria que ela ja estava sentada em um banquinho dentro dela ou em um daqueles "espaços lounges" que estão espalhados pelo Barrashopping.

Depois de olhar muitas vitrines e passar algum tempo procurando o banquinho onde estaria a minha avó, eu encontrei o tênis numa sapataria que não tinha pé no final. Paquetá, não, eu não fui à Paquetá, também não estou fazendo propaganda da loja (a não ser que isso me dê um abatimento no valor do tênis). Comprei lá por que quis, e isso é absoluto, o que vem depois disso é relativo, não tente entender se você não fizer metodologia da comunicação comigo, não comigo , eu não sou a professora, na minha turma.

O que importa é que o reino do pé perdeu a luta contra Paquetá (alguém me responde por que essa loja tem esse nome, Paquetá é um polo de fabricação de sapatos ? Não. Né? Ah, não importa.)

Depois disso fomos almoçar no oriento, lá tem comida normal e comida japonesa, atendia ao meu gosto e ao da minha avó. Acontece que depois de se servir ao invés de pagar a minha avó saiu correndo e eu fiquei parada no caixa sem entender absolutamente NADA. Falei com a atendente do caixa:
-Moça eu prometo que não vou dar calote , mais eu acho que a minbha avó teve algum probleminha, já volto pra pagar!

Quando encontrei a minha avó ela estava sentada ao lado de uma moça que estava tentando dizer a ela que a mesa estava ocupada, as vezes velho é foda. Morrendo de vergonha eu pedi desculpas a moça, convenci minha vó a levantar e lembrei que ainda não tinha pago. foi quando eu me dei conta de que eu não precisava da minha avó pra pagar por que o cartão estava na minha bolsa. Naquele momento eu pude imaginar claramente a minha avó dizendo:
-Depois velho que é foda!

Paguei a conta, encontrei uma mesa desocupada, sentamos, comemos. Ela comida normal e eu japonesa, comida japonesa.
-Vamos embora, estou cansada
-Cansada de que vó
-De andar
-Mais você ficou sentada em todas as sapatarias
-Vamos pra casa, agora eu quero tomar banho e dormis
-Caraca vó, quando a idade chega..
-Você vai saber quando ficar velha.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O dia em que tudo conspirou para o meu atraso


Terça-feira, 02 de março. ¨
Fisioterapia às 10h da manhã, celular para despertar às 8h30.
Acordei com a sensação de que tinha perdido a hora e que portanto, continuaria sentindo dor no pé, mas o sono era tão grande que juntou-se à preguiça, companheira de todos os dias, e me impediram de chegar ao celular e ver que horas eram de fato. Quando finalmente tomei coragem e peguei o celular me dei conta de que ainda eram 06h20 da manhã e nem mesmo a minha mãe havia se levantado para trabalhar. Isso me trouxe a alegria e o alivio de poder voltar a dormir.
Acordei outra vez e continuava cedo, 07h40, ainda me restava praticamente uma hora para dormir e a certeza de que o celular despertaria no horário certo, isso fortaleceu a minha vontade de me entregar ao sono. Acordei mais uma vez, e ao pegar o celular percebo de que não o ouvi despertar e de que estava MUITO atrasada, já eram 09h10 e eu ainda precisava tomar banho, me arrumar, tomar o café e andar até o ponto de ônibus.
Fiz tudo na correria e saí de casa. Esperando o sinal fechar, bem pertinho do ponto, me dei conta de que meu ônibus estava passando, foi quando eu pensei: " é hoje que eu faço fisioterapia (y)". Cheguei no ponto e as coisas pareciam estar melhorando já que em seguida apareceu outro 755. Doce ilusão! Eu, manca, poderia andar mais rápido do que a minha lotada condução naquele trânsito.
Não poderia deixar de mencionar que estava chovendo, o que dificultou mais a minha saga. Quando finalmente chego ao consultório, 40 minutos atrasada, o lugar está lotado de velhinhos com artrite, artrose, osteoporose, entre outros. Depois de 20 minutos na sala de espera eu constatei que se ainda fosse em casa, nunca chegaria a tempo pro estágio então liguei avisando que não voltaria para almoçar.
Fui chamada por volta das 11h30 e para contribuir com o meu ótimo estado de espírito, não é a fisioterapeuta que vem colocar a bolsa de gelo no meu pé e sim a recepcionista. Eu até entendo que a parte do gelo eu posso fazer sozinha, mas eu acho que eu pago a fisioterapia para ser atendida pela fisioterapeuta não é ? Pra não arrumar confusão , fiquei calada.
Depois de uma hora de fisioterapia , já atrasada pra ir pro estágio resolvi almoçar no barra shopping pois não daria tempo de passar em casa. Depois de rodar pelas praças de alimentação resolvi comer só um sanduíche. Tudo bem que eu quis um beirute, que vale pelo almoço, mais a intenção era essa, fora que no habibis, normalmente as coisas ficam prontas rápido, mas não nesse dia!
Fiz o pedido para viagem, ia comer no caminho, no estágio, em alguma hora , só nao podia ficar de estômago vazio. Depois de dez minutos de espera, já impaciente, perguntei: "vai demorar?", no que atendente literalmente berra para o outro lado do balcão: "qual vai ser desse beirute ai meu filho?". O homem da cozinha então responde: "já vou fazer". E como se eu fosse surda ela me diz: "cinco minutinhos", olhei pra cara dela com uma felicidade (y) que você não pode imaginar. Foram uns dos cinco minutos mais longos da minha vida até que fiz à gerente a mesma pergunta e ouvi outros gentis "cinco minutinhos senhora". Eu pensei comigo mesma " pra começo de conversa senhora é a sua vó e segundo que eu nao aguento mais esperar, vc acha que eu posso dizer pra minha chefa só mais cinco minutinhos?" Mais antes que eu completasse mentalmente a frase o tal do beirute ficou pronto.
Me dei conta de que estava morrendo de sede, e como lá não vendia nada que eu pudesse beber no caminho, fui tentar comprar um suco de latinha ou um guaravita , mais pra minha felicidade (y) só encontrei refrigerante , ou então teria que correr o risco de levar um banho no ônibus com um copo de suco. Me conformei com o refrigerante e fui pro ponto onde NÃO tinha ônibus direto pra minha faculdade. Perguntei ao fiscal se o barrinha ia demorar e ele me respondeu "uns 20 minutinhos apenas". Eu ri e peguei um ônibus que tinha no letreiro da frente FREGUESIA. Ele deu a volta no mundo e eu fiquei ainda mais atrasada, engoli metade do beirute no próprio ônibus e como eu não tinha certeza do trajeto dele, saltei, mas saltei muito antes do ponto onde eu deveria pegar o frescão, pois esse é o mais rápido.
Quando saí do ônibus me dei conta de que a caixa do sanduíche estava toda suja e como havia colocado ela sobre as pernas, também fiquei com a calça suja. enquanto me distraia com o queijo derretido na minha calça, ví um frescão parado no ponto, saí correndo , mais sabia que não ia dar tempo, até por que eu estava de tala e a essa altura de tanto andar meu pé já estava doendo. Parei e fiz sinal de onde estava, milagrosamente o ônibus parou. Subi, sentei , e depois disso qualquer desespero era inútil. Aproveitei o engarrafamento na serra para terminar de comer. No final disso tudo eu cheguei no estágio com as calças sujas do sanduíche-iche, suada, cansada e MUITO atrasada!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Porque o problema de toda novidade é que o novo tem validade.


Estava conversando com uma amiga sobre a capacidade que algumas pessoas tem de ser efusivas, tem gente que tem uma relação de sobrevivência com o entusiasmo. Alguns mantém uma relação de dependência com aquilo que é novo, que causa explosões internas. Isso normalmente acontece diante de novidades: Amizades, sabores, sensações, paixões...e eu estou falando especificamente de paixões, do comportamento diante de "sentimentos arrebatadores".
Sabemos que parte do que sentimos quando estamos apaixonados está diretamente ligado à reações hormonais. Essas reações em certas pessoas têm provocado até mesmo mudanças na forma de se relacionar, os laços afetivos entre as pessoas estão cada vez mais frágeis e movidos por esse intenso desejo de se sentir flutuando. Alguns indivíduos simplismente deixaram de lado a capacidade de construir relações duradouras. O que acontece é que a paixão tende a se tornar algo terno com o tempo e ir "se transformando em amor" ou não, e isso não é viagem minha , qualquer um que tenha tido aulas decentes de biologia ouviu isso em algum momento.
Só quem nem todos se contentam com a ternura, existem pessoas que vivem em busca da euforia, das pernas bambas , do coração saindo pela boca, da distração...
Seria o máximo se isso fosse eterno, mais infelizmente não é assim que acontece, os sentimentos amadurecem e as coisas mudam de cara. Isso nao significa que seu coração nunca mais vá disparar, mas não dá pra se ficar eternamente de pernas bambas e coração disparado por alguém, se não você morreria de ataque cardíaco além disso, chega um momento em que você se cobra um pouco menos do outro e um pouco mais de você, são sensações que adormecem e podem reaparecer de acordo com as circunstâncias.
E no amor também existem dúvidas, medos e coisas que te fazer se sentir inseguro como quando ainda se esta em meio às incertezas da paixão...
Pois é acho que na teoria eu entendo, agora só falta na prática encontrar alguém que queira continuar junto mesmo sem os fogos de artifício, mais se fosse tão simples todos eternizariam o impulso no início. O que não pode acontecer é ser dar ao luxo de oferecer o amor em tom apagado só por que o brilho dos fogos não está mais no céu até por que o amor também pode tirar os pés do chão. Não entendeu ? É a insatisfação que algumas vezes estimula , olhe pra dentro, a resposta pode estar mais perdo do que se imagina...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

"visita ao médico"

Consulta ao ortopedista, um calor enorme , uma bota incomoda , dor e você já está pensando:
- Mais ela só sabe reclamar ?!
Mentira, normalmente ir ao médico não é sinonimo de alegria já que ou se está doente ou você vai fazer um check-up, e ter que se dar ao trabalho de conferir se está tudo ok não tem tanta graça. Mas hoje me lembrei que nem sempre ir ao médico é algo chato.
É claro que muitos médicos são pessoas pragmáticas. O que ocorre, principalmente no corre corre de hospitais, é que se eles não fazem seu serviço o mais rápido possível as pessoas reclamam pela espera, mas se elas são tratadas de forma mais direta, sem muita simpatia elas também não gostam
Não é pra menos, não é agradável mal ser olhado pelo médico , você tem a sensação de que eles não estao te dando a menor atenção e negligenciando seu problema. Quando se está doente o que mais se quer é que as pessoas estejam atentas a você, ninguém gosta de se sentir ignorado.
Infelizmente essa é uma realidade comum na saúde pública do nosso país, graças a Deus eu não vivo essa realidade, e por isso posso dizer que o Doutor João é uma das pessoas mais agradaveis que eu conheço, conseguiu me fazer rir masmo depois de dizer que eu precisaria ficar mais duas semanas de bota.
"Não reclama, o seu fisioterapeuta é o único homem que vai fazer massagem no seu pé durante dez dias sorrindo"
Pois é , pelo menos tem isso de bom .. ahahah

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"Nem vem de garfo que hoje é dia de sopa"


Sexta-feira, tornozelo torcido, tpm...
Nada pode piorar este dia, eu esqueci a paciência em algum lugar do qual não me recordo e a falta de companhia me irrita ainda mais. Estou de saco cheio de ficar em casa, acredite, já fiz tudo o que era possível dentro de um apartamento. A própria Tv e o computador estão a ponto de se tornarem meus próximos alvos, se não fosse a sanidade e a certeza de que destruir um dos dois não ia mudar muito o meu estado eles já não existiriam.
A não ser pelo tornozelo , não sou muito diferente das outras mulheres. Em mim a TPM atua como uma guerra entre os opostos, ao mesmo tempo que o canto dos passarinhos me sensibiliza ele também me irrita a ponto de querer colocar em prática aquela musiquinha em francês:

"Alouette, gentille alouette, Alouette, je te plumerai...Je te plumerai les yeux, je te plumerai le cou, Et le cou, et le cou, et le bec, et les yeux, Alouette, Alouette ahh!"

Na quinta série eu era obrigada a cantarolar essa musiquinha nas aulas de francês com a Madame Dulce, eu até o fazia alegremente até conhecer o francês o suficiente para compreende-la. Para quem não sabe esse trecho significa:

"Alouette,agradável Alouette, Alouette, eu vou arrancar... arrancar seus olhos, arrancar-lhe o pescoço, o pescoço, e bico e os olhos Alouette, Alouette, ahh!"

Péssimo né, mais com o humor que estou...sabe lá!
Nem as melhores tentativas de me agradar estão funcionando , estou as avessas..

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pra começo de conversa...


Eu tenho o incontrolável hábito de rezar antes de dormir, mas por coincidência as minhas orações dificilmente terminam com cara de prece, lá pelo terceiro minuto quando estou agradecendo ou fazendo uma sutil reclamação (sutil porque eu não acho legal ser grosseira com Deus né!) a minha oração se transforma em uma imensa reflexão sobre o meu dia ou sobre as razões que me levam a pedir , agradecer e até a rezar.
Enfim, eu sempre acabo dissertando comigo mesma sobre vários assuntos que eu tenho vontade de escrever, mas como já estou deitada, tenho preguiça de fazer. De manhã a preguiça é maior ainda então eu acabo deixando pra lá.
Pra não deixar mais pra lá eu resolvi escrever num Blog as coisas que eu quero dividir. Assim eu poupo meus pobres amigos que não são obrigados a me ouvir sempre, aqui eu escrevo quando estiver com vontade e lê quem quiser, ninguém é forçado a nada e a gente tem uma relação que simplesmente flui , sem DR's, lindo né ?
Bom, eu perdi algum tempo pensando em um nome, só me vinham coisas esdrúxulas. Primeiro não queria me identificar, depois mudei de ideia. Se é pra falar , que saibam quem fala. Pensei que o meu próprio nome seria bastante prepotente, mas acabei ficando com uma derivação dele mesmo, melhor do que todas as estranhices que eu pensei até então.
É isso, depois falo mais ...